FAZER AS ENTREVISTAS

Essas conversas estruturadas ajudam o cliente a ficar à vontade, estabelecem um contexto e garantem que todo o protótipo seja analisado.


INFORMAÇÕES


Fase: Testar
Dia: Sexta-feiraInício: 10:15hDuração: 225minParticipante(s): EntrevistadorLivro: Página 238

Na terça-feira do Design Sprint, vocês aprenderam os atalhos para recrutar clientes perfeitos do público-alvo. Agora, vocês aprenderão a fazer as entrevistas com eles. Essas conversas estruturadas podem ensinar muito sobre as pessoas que usam seus produtos ou serviços, podem revelar problemas ocultos em suas soluções e o “porquê” por trás de tudo isso.

Independentemente do tipo de consumidor com que estejam conversando ou o modelo de protótipo que esteja testando, o ideal é utilizar essa estrutura básica de cinco passos:



1. CUMPRIMENTO AMIGÁVEL

Todo mundo precisa se sentir à vontade para se abrir, conversar com sinceridade e ter espírito crítico. Sendo assim, a primeira tarefa do Entrevistador é dar as boas-vindas ao cliente e deixá-lo confortável. Isso significa um cumprimento caloroso e uma rápida troca de amenidades sobre o clima, por exemplo.

A primeira tarefa também implica em muitos sorrisos. Se o Entrevistador não estiver muito no clima para sorrir, o ideal é que ele faça um pré-preparo para as entrevistas ouvindo músicas animadas e tendo pensamentos positivos.

Quando o cliente estiver confortavelmente sentado na sala da entrevista, o Entrevistador deve dizer algo como:





O Entrevistador também deve perguntar ao cliente se há algum problema em gravar e transmitir o vídeo da entrevista, e deve garantir que o cliente assine um documento de autorização de uso de imagem¹.


2. PERGUNTAS DE CONTEXTUALIZAÇÃO

Logo após a apresentação, é normal que vocês fiquem muito ansiosos para mostrarem o protótipo para o cliente. Mas tenham calma. Em vez disso, o ideal é o Entrevistador começar devagar, fazendo algumas perguntas sobre a vida, os interesses e as atividades do cliente.

Essas perguntas ajudam a criar uma conexão, mas também lhes dão um contexto para entenderem e interpretarem as reações e respostas dos clientes.

Uma boa sessão de perguntas contextuais começa com uma troca de amenidades e depois passa para questões relevantes ao Design Sprint. Se o Entrevistador fizer tudo certo, os clientes não vão nem perceber que a entrevista começou. Vai parecer uma conversa natural.

Vocês podem começar as perguntas de contextualização mais ou menos assim:



Assim como no exemplo a cima, o Entrevistador pode começar com uma conversa genérica “Em que área você trabalha?” e depois passar de forma natural para um assunto mais relacionado ao protótipo “O que faz para se cuidar?”.

A cada pergunta o Entrevistador deve incentivava o cliente com sorrisos, acenos de cabeça e contato visual.

As perguntas de contextualização deixam os clientes mais à vontade e receptivos. Muitas vezes as respostas também ajudam a entender como o produto ou serviço se encaixa na vida deles e as vezes também revelam o que eles acham sobre a concorrência.


3. APESENTAÇÃO DO PROTÓTIPO

Agora, finalmente vocês estão pronto para mostrar o protótipo ao cliente. E podem começar assim:

Ao pedir consentimento, o Entrevistador reforça o status da relação. O cliente está fazendo um favor a equipe, e não o contrário. E é o protótipo que será testado, e não o cliente.
É claro que, se o protótipo foi construído com uma boa qualidade na quinta-feira, o cliente vai esquecer que ele não é real quando começar a usá-lo. Entretanto, apresentá-lo desse modo o encoraja a dar um feedback mais franco. Explicar que é um protótipo também facilita o trabalho do Entrevistador caso surja alguma falha ou o cliente se veja em um beco sem saída.
Lembrem ao cliente que ele não está sendo testado, e sim o protótipo. A frase “Não fui eu que desenvolvi isso” é importante, pois é mais fácil o cliente ser honesto se achar que o Entrevistador não está emocionalmente ligado às ideias.
O Entrevistador deve pedir ao cliente que pense em voz alta. Pensar em voz alta torna o formato da entrevista especialmente eficaz. É útil ver em quais pontos os clientes têm dificuldades e em quais se saem bem com o protótipo. Mas ouvir seus pensamentos no decorrer da experiência é inestimável.

4. TAREFAS E EMPURRÕEZINHOS

O produto ou serviço de vocês vai estar por conta própria no mundo real, as pessoas vão encontrá-lo, avaliá-lo e usá-lo sem vocês ao lado para fazer as vezes de guia. Pedir aos clientes que executem tarefas realistas durante a entrevista é a melhor forma de estimular essa experiência no mundo de verdade.

Boas instruções para a execução de tarefas são como dicas para uma caça ao tesouro — não é divertido (nem útil) se dizem aonde você deve ir e o que deve fazer. Você tem que observar os clientes descobrindo por si mesmos como o protótipo funciona. 


5. UM RÁPIDO DEBRIEFING

Para encerrar a entrevista, o Entrevistador deve fazer algumas perguntas para consolidar suas conclusões. Vocês vão ver e ouvir muitas coisas durante cada entrevista, e pode ser difícil selecionar as reações, os êxitos e as falhas mais importantes. Se o Entrevistador fizer essas perguntas finais, os clientes podem ajudá-los a revisar tudo que vocês apuraram:



Não se preocupem — perguntar sobre os “três desejos” não significa colocar o planejamento do produto nas mãos do cliente. Em vez disso, a pergunta ajuda os clientes a articularem suas reações.


Quando a conversa chega ao fim, o Entrevistador agradece ao cliente, dá a ele um vale presente e o conduz até a saída.

O Entrevistador deve se manter envolvido na conversa ao longo de toda a entrevista. Deve encorajar o cliente a falar, mas permanecer neutro usando expressões como “certo” e “ok”, e não “ótimo!” ou “bom trabalho!”.

Não há necessidade do Entrevistador fazer anotações. O restante da equipe na sala do Design Sprint já estará fazendo isso.

É claro que o Entrevistador não precisa memorizar cada pergunta e nem mesmo todos os cinco passos listados aqui. Na quinta-feira, ele pode começar escrevendo um roteiro enquanto os outros membros da equipe desenvolvem o protótipo. Na sexta-feira, ele pode imprimir o roteiro para consultá-lo durante a entrevista.

Esse guia não apenas facilitará a condução das entrevistas, como as tornará consistentes - o que ajuda na identificação de padrões ao longo do dia.

E aí, o que está achando do conteúdo até aqui? Esperamos que esteja gostando, mas principalmente que esteja sendo útil e muito relevante para você!

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Notas (1)

¹ Documento de autorização de uso de imagem é um formulário simples, de uma só página estabelecido entre quem irá utilizar as imagens e quem irá cedê-las. Por isso, a licença deve ser assinada por ambas as partes. O documento define quais condições, aspectos e circunstâncias a serem considerados para a utilização da imagem de uma pessoa. Esses formulários também podem ser assinados por via eletrônica antes da entrevista.

MATERIAIS DE APOIO:   Estudo de Caso    Questionário de fixação